quarta-feira, 25 de maio de 2011

DA CRISE A EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Por Lucas da Silva

A sociedade atual passa por uma profunda crise civilizatória de caráter ambiental, provocada pela relação desastrosa entre a sociedade e o ambiente. Com seu desenvolvimento petardo, a sociedade tem provocado cenários de escassez dos recursos naturais e de impactos ambientais profundos, comprometendo a sadia qualidade de vida da atual e das futuras gerações.
Segundo cálculos da pegada ecológica (refere-se à estimativa do tamanho das áreas produtivas de terra e de mar, necessária para gerar produtos, bens e serviços que sustentam o estilo de vida de cada um de nós), a humanidade está usando os recursos naturais renováveis 21% mais rápido do que a Terra leva para renová-la. Com esse quadro, seriam necessários os recursos de 1,21% planetas Terra para sustentar indefinidamente nossa produção e consumo atuais de recursos renováveis. Se continuarmos com esse ritmo de consumo e com a exploração excessiva dos bens naturais, chegaremos a um colapso ambiental.
A pergunta fundamental é: há como evitar esse eminente colapso ambiental? A resposta é simples: sim! Para isso, temos que repensar nossos valores e atitudes, e criarmos uma cultura preservacionista e conservacionista, cunhando hábitos e valores que visem o uso sustentável dos recursos naturais com solo e água, que consistem nos bens de produção, seja nos espaços urbanos ou rurais. Estabelecer uma cultura ambiental é criar novos mecanismos de adaptação cultural, que nos permitam voltar a um ponto de relação harmônica ente natureza, ou seja, um ponto de equilíbrio, que tínhamos anteriormente.
No entanto, para Rodriguez & Silva (2009), o mais importante instrumentos de adaptação cultural é a Educação, pois só ela permite transmitir as características fundamentais da cultura, das técnicas e tecnologias vitais para a sociedade, encaminhada, deste modo, assimilar as normas e conteúdos básicos para consolidar a cultura. É com a educação que conheceremos, descobriremos novos sentimentos, valores, idéias, costumes e papéis sociais.
A educação ambiental é um processo de aprendizagem relacionada à interação entre o homem e seu espaço, através de conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do seu meio. Visa também formar valores ambientais, ou ainda, “valores verdes” contrapondo aos atuais valores da modernidade.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais, no ambiente escolar o aluno deve perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente, identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente para a melhoria do meio ambiente, sendo este o mais propício para a prática da Educação Ambiental. A Política Nacional de Educação Ambiental (E.A.) prevê obrigatoriedade da inclusão do ensino da E.A. no ensino regular de todos os níveis e modalidade de ensino, seja como disciplina regular ou de forma transversais.
No entanto, como preconiza a concepção da educação ambiental ético-social, não basta só os conhecimentos da educação formal, como também aqueles adquiridos fora da escola, ou seja, em seu meio de convivência, transformando-se em indivíduos críticos, capazes de entender e transformar o mundo e a sociedade. Através de pequenos gestos e “práticas verdes”, como por exemplo: reduzir a produção do seu lixo, economizar água e energia, não adquirir produtos ou equipamentos com alta capacidade de polir, você estará praticando a Educação Ambiental.

5 comentários:

Verônica disse...

A preocupação com o meio ambiente é responsabilidade de todos. Como seres vivos somos parte deste meio e dependemos deste para nossa existência atual e das gerações futuras.
A educação é o caminho para a mudança de valores que a sociedade atual vivencia. Educar nossas crianças paro o consumo sem desperdício, respeito e proteção aos elementos renováveis e não renováveis da natureza é criar uma geração futura de homens e mulheres conscientes, éticos e capazes de usufruir, defender e preservar o meio ambiente.

Verônica Moura Nobre.
(Pedagoga)

DANIEL PINTO disse...

Convém também ressaltar que as grandes indústrias quase nada tem feito para alterar as condições atuais que assolam o meio ambiente. A educação pode e deve nos trazer a consciência sobre as "práticas verdes" que devemos adotar. Mas EUA e outros países teimam em não respeitar o Tratado de Kioto e nem ao menos admitem lutar pela redução da emissão de poluentes. Enfim, sem a mudança de paradigmas não pode haver soluções, as pesquisas já indicam sobre o futuro, mas continua prevalecendo a busca do lucro em detrimento da produção consciente.

Romero Duarte disse...

A sociedade sempre buscando crescer, sempre em busca do desenvolvimento. Difícil é saber onde queremos chegar, quando será a hora de parar. É fato que a sociedade não vai parar de consumir. Não é de hoje que se fala em crise ambiental, e no entanto, pouco ou nada mudou. ninguém ta disposto a abdicar do conforto que a modernidade oferece, mesmo que para isso os recursos naturais sejam utilizados desordenadamente. Infelizmente as campanhas ambientais não sensibilizaram ainda a população. Há tempos sabemos o que deve ser feito, o fato é: a quem compete fazer? A sociedade não tem poder de mudança, embora pense que tem. Afinal, sabemos muito bem quais são nossos problemas nas áreas da saúde, educação, segurança, e no entanto, por que não conseguimos mudar isso ainda? Nem sequer conseguimos resolver nossos problemas individuais na nossa vida particular, imaginem os problemas da sociedade como um todo. Voltando aos problemas ambientais, vejo a todo tempo que existem estudiosos se esforçando para apresentar soluções, como o desenvolvimento sustentável das sociedades de consumo, e eles estão certos, estão fazendo o papel deles, mas será que apenas as pequenas atitudes do dia-a-dia resolveriam o problema ou amenizariam? E na verdade o que estamos querendo, é amenizar ou resolver? A educação e a mudança de hábitos são fundamentais, concordo, porém não representam por si só a solução para o problema. Será preciso tomar atitudes mais enérgicas, mas quem está disposto a ir de encontro aos interesses de grandes grupos empresariais que se beneficiam com a exploração ambiental? Quem tá disposto a botar a cabeça na forca? Na minha singela opinião, a maior parte da responsabilidade caberia aos nossos representantes políticos, pois a estes sim, foi dado o poder e os recursos financeiros para esta e outras questões que afligem a sociedade. Acredito que se houvessem leis rígidas e fiscalizações severas por parte do poder público a coisa ia pra frente. Resta saber se eles estão mesmo interessados em beneficiar a população e a natureza, ou se estão do lado dos grandes grupos. Parece que perdemos o controle da situação. Aposto com qualquer um que as agressões a natureza vão continuar e digo mais, a tendência é sempre piorar. Não que esta seja minha vontade, mas isso é até bíblico. Só Jesus Cristo, quando vier, resolverá, podem escrever o que estou dizendo. Por isso, tratemos de orar para que Deus tenha piedade de nossas almas, porque deste mundo não podemos esperar mais nada. Nas pessoas que nos representam não podemos confiar. Podem me chamar de pessimista, mas sou realista e acredito na Bíblia, que é a palavra de Deus, a quem devemos depositar toda nossa confiança e esperança. Infelizmente as novas gerações pagarão o preço pela nossa irresponsabilidade. Nossos filhos e filhas herdarão esse presente de grego.

Wyllemberg disse...

Wyllemberg Freitas

Atráves de pequenos gestos,não digo que podemos acabar,mais com certeza podemos reduzir,o impacto causado por nós,o que na verdade o que as pessoas tem que fazer é falar menos e fazer mais,por que afinal de contas o meio ambiente é de interesse de todos,não devemos desperdiçar e nem poluir o meio ambiente de tal maneira como muitos andam fazendo,por que no futuro não só nós mais como nossas futuras gerações irão sofrer com isso,vamos ter consciência do que realmente é bom para nós e não contribuir cada vez mais para a nossa piora,o mundo pede socorro.Por um futuro melhor peço MUDANÇAS!
Que Deus abençõe o nosso futuro.

Paulo Ricardo disse...

A educação ambiental tem o objetivo de ajudar à preservação e utilização sustentável dos seus recursos, mas também assume uma perspectiva mais abrangente, não restringindo seu olhar à proteção e uso sustentável de recursos naturais, mas incorporando fortemente a proposta de construção de sociedades sustentáveis. Mais do que um segmento da Educação, a Educação em sua complexidade e completude, para ser alcançado depende de planejamento e do reconhecimento de que os recursos naturais são finitos. Esse conceito representou uma nova forma de levar em conta o meio ambiente, que esses recursos depende não só a existência humana e a biodiversidade biológica, como o próprio crescimento econômico. E se não usarmos de forma sustentavel e não tivermos um educação voltada para o meio ambiente, não será capaz de suprir as necessidades atuais da população, e irá comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. Ou seja, a idéia é crescer sem destruir o ambiente e sem esgotar os recursos naturais.
De fato a educação ambiento visa o desenvolvimento sustentavel, para a melhoria das gerações e do mundo.