quarta-feira, 21 de julho de 2010

ESTIMATIVA DO POTENCIAL PARA CAPTAÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA EM QUIXADÁ, CE


Por Lucas da Silva

A escassez de água potável tem se constituído num dos maiores problemas sociais do mundo atual, isso porque a população tem crescido numa proporção muito maior, que os mananciais hídricos do Planeta. Em muitas regiões, a falta de água está gerando a necessidade de se transpor água de lugares cada vez mais distantes, para garantir o abastecimento humano dos grandes centros urbanos e o desenvolvimento de atividades produtivas. Para a alcançar os resultados, utilizou-se uma série pluvial com quarenta e três anos (1965-2008), da localidade de Quixadá, CE. Os dados pluviais mensais e anuais foram analisados estatisticamente, sendo calculados as médias aritméticas, as medianas e os desvios padrão da média. As frequências dos dados anuais foram estimadas pela probabilidade empírica aos níveis de 25, 50 e 75% que acrescidos aos valores médio, máximo e mínimo formaram, para efeito deste estudo, seis “cenários”. Os principais resultados mostraram a existência de elevadas oscilações em relação à média esperada. As medianas mensais foram sempre menores que às médias e, portanto, o modelo de distribuição pluvial tem assimétrica positiva. A estação chuvosa dura cerca de três a quatro meses (de fevereiro a maio), a média da dispersão mensal, em relação às médias esperadas, foi de 77,6% e a anual de 38,0%. Admitindo-se o valor médio de anual de chuva, para as condições de Quixadá, o menor volume potencial de captação foi 24.150 litros (área de cobertura de 40 m2) e o maior de 60.375 litros, para as habitações com superfície de cobertura de 100 m2. Conclui-se que somente a partir de um estudo estatístico detalhado do regime pluvial, para cada local, será possível estabelecer, com elevada precisão, o potencial de captação de água de chuva.